O combate ao narcotráfico e as relações Brasil-EUA no campo policial: o desafio de obter os benefícios da cooperação sem correr o risco de infiltração
Resumo
O artigo examina a implementação do Programa Sensitive Investigations Units, fruto do Acordo Antidrogas Brasil-EUA, assinado em 1995. Para tanto, o texto descreve os problemas que caracterizaram o relacionamento entre a Polícia Federal e a DEA, bem como as reações do GSI e do Exército às distorções geradas por essa "cooperação assimétrica". O Brasil já avançou bastante no sentido de corrigi-las, em virtude das medidas adotadas por determinação do TCU em 2005. Entretanto, certas vulnerabilidades continuam a existir, razão pela qual será necessário adotar providências para impedir que os aliados norte-americanos tenham acesso não-autorizado a informações sigilosas ou atuem por conta própria no território nacional. O Brasil tem se beneficiado do Programa SIU, mas deverá retificar procedimentos, renegociar pormenores e adotar precauções, de modo que a cooperação antinarcóticos possa prosseguir em bases duradouras, no interesse mútuo das duas nações.
Palavras-chave
Contra-Inteligência; Ameaças transnacionais; América Latina; Forças Armadas; Polícia Federal
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