PARTO A PARTIR DE 37 SEMANAS NA PRÉ-ECLÂMPSIA SEM SINAIS DE GRAVIDADE: DESFECHOS MATERNOS E NEONATAIS (DELIVERY APPROACH FROM 37 WEEKS OF GESTATION IN PREECLAMPSIA WITHOUT GRAVITY SIGNALS: MATERNAL AND NEONATAL OUTCOMES)

Beatriz Mendes Awni, Mariana Abduch Rahal, Arthur Barros Fontes, Bárbara Alves Rhomberg, Isabela Cosimato Ferrari, Lorena Fernandes Audi, Vera Esteves Vagnozzi Rullo, Nelson Sass, Rogério Gomes dos Reis Guidoni, Francisco Lázaro Pereira de Sousa

Resumo


Resumo

Introdução: abordagem sistemática em gestantes diagnosticadas com pré-eclâmpsia (PE) poderia evitar riscos para o binômio mãe-feto. Um estudo considerando tais desfechos poderia orientar as condutas médicas.

Objetivos: avaliar características epidemiológicas e comparar desfechos maternos e neonatais em gestações complicadas ou não com pré-eclâmpsia sem sinais de gravidade com o parto a termo.

Métodos: estudo prospectivo envolvendo 67 gestantes, desenvolvido no Hospital Guilherme Álvaro - Santos/São Paulo/Brasil (dezembro/2015-outubro/2016). Grupo de estudo: 38 gestantes com diagnóstico de pré-eclâmpsia de acordo com o NHBPEP – National High Blood Pressure Education Program (2000), > 37 semanas. Grupo controle: 29 gestantes com feto único e vivo, > 38 semanas, sem comorbidades. Critérios de exclusão para o grupo de estudo: gemelaridade, anomalias fetais e idade gestacional inferior a 37 semanas. Critérios de exclusão para o grupo controle: gemelaridade, idade gestacional inferior a 38 semanas, parto cesárea, fórceps ou parto vaginal induzido; e demais comorbidades associadas. Variáveis maternas analisadas: idade, idade gestacional no parto, pré–eclampsia prévia, índice de massa corpórea (IMC), comorbidades associadas, tempo de internação hospitalar, necessidade e duração de internação em unidade de terapia intensiva (UTI) e via de parto e sua indicação principal. Variáveis neonatais analisadas: peso ao nascimento, diagnóstico de peso, escore de Apgar no primeiro e quinto minuto, presença de líquido meconial no parto, necessidade e duração de internação em UTI, complicações respiratórias e não respiratórias, necessidade de terapia com oxigênio inalatório e óbito intra-hospitalar. As análises estatísticas foram realizadas a partir do teste exato de Fisher e t de Student. A análise dos dados foi considerada significativa quando valor de p<0,05.

Resultados: os resultados obtidos mostram que as gestantes com pré-eclâmpsia apresentam: maior percentagem de pré-eclâmpsia sobreposta (52,6%), uma idade mais avançada (média de 30,29 anos), idade gestacional no parto de 37,57 semanas, IMC mais elevado (34,08kg/m²) e maior tempo de internação hospitalar (média de 7,54 dias). Quanto aos seus neonatos, os resultados apontam um menor Score de Apgar no primeiro e quinto minuto (7,87 e 8,89 respectivamente). Todos os resultados descritos obtiveram significância estatística (p<0,05). Algumas variáveis neonatais não foram significantes estatisticamente, porém nota-se que os recém-nascidos de mães com portadoras de pré-eclâmpsia estão suscetíveis a maiores complicações ao nascimento.

Conclusão: os resultados apontaram que não ocorreu diferença significativa no desfecho materno e perinatal entre as grávidas portadoras de pré-eclâmpsia submetidas sistematicamente ao parto a partir de trinta e sete semanas em comparação à gestantes sem comorbidades que evoluíram para o parto normal espontâneo acima de trinta e oito semanas.

Palavras-chave: Pré-Eclâmpsia; Desfechos Perinatais; Desfechos Maternos

 

Abstract

Introduction: a systematic delivery approach in pregnant women diagnosed with preeclampsia could avoid risks to both mother and newborn. A study about these outcomes could guide this practice.

Objectives: evaluate epidemiological characteristics and compare maternal and neonatal outcomes in gestations with and without preeclampsia with no gravity signals.

Methods: prospective study with 67 women was developed in Guilherme Álvaro Hospital- Santos/São Paulo/Brazil (December/2015-October/2016). Study group: 38 women with preeclampsia according to NHBPEP – National High Blood Pressure Education Program (2000), > 37 weeks. Control group: 29 pregnant women with single and live fetus, > 38 weeks, without comorbidities. Exclusion criteria for study group: twin pregnancy, fetal anomalies and gestational age under 37 weeks. Control group exclusion criteria: twin pregnancy, gestational age under 38 weeks, cesarean/forceps/induced vaginal delivery and comorbidities. Maternal variables: age, gestational age at delivery, previous pregnancy history, body mass index (BMI), comorbidities, length of hospital stay, intensive care unit admission, previous preeclampsia and delivery route and primary indication. Neonatal variables: birth weight, adequacy weight for gestational age, Apgar score, meconium fluid at delivery, intensive care unit admission, acute respiratory distress syndrome, cardiopulmonary arrest, jaundice, oxygen therapy and intrahospital mortality. The statistical comparisons were made using Fisher's exact test and t Student. Data analysis was considered significant when p<0,05.

Results: The results obtained show that pregnant women with pre-eclampsia present: higher percentage of pre-eclampsia overlapped (52.6%), a more advanced age (mean of 30.29 years), gestational age at delivery of 37.57 weeks, higher BMI (34.08kg / m²) and longer hospital stay (mean of 7.54 days). As for their newborns, the results point to a lower Apgar score in the first and fifth minutes (7.87 and 8.89, respectively). All the described results obtained statistical significance (p <0.05). Some neonatal variables were not statistically significant, but it is noted that newborns of mothers with preeclampsia are susceptible to greater complications at birth.

Conclusion: results show a lack of statistical significance in maternal and neonatal outcomes between study and control group.

Keywords: Pre-Eclampsia; Perinatal Outcome; Maternal Outcome.

 

 


Palavras-chave


Medicina; Ginecologia e Obstetrícia; Pré-eclâmpsia

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