PRINCIPAIS ANTI-HIPERTENSIVOS E SUAS INTERFERÊNCIAS LABORATORIAIS IN VIVO E IN VITRO
Resumo
O laboratório clínico tem como principal objetivo a determinação de resultados exatos e precisos, oferecendo, assim, laudos confiáveis aos médicos e posteriormente aos pacientes. Porém, alguns fármacos exercem ações ou efeitos in vivo (biológicos) e/ou in vitro (analíticos) sobre os exames laboratoriais. A hipertensão arterial sistêmica tem uma alta prevalência em todo mundo, sendo que só no Brasil atinge aproximadamente 30 milhões de pessoas, logo, ela é classificada como um importante problema de saúde pública que merece atenção no seu tratamento. Por ser uma doença crônica, a hipertensão deve ser controlada ao longo da vida, principalmente, com o uso de anti-hipertensivos. Entretanto, tais drogas são uma das classes terapêuticas que mais causam interferências laboratoriais. Diante do exposto, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o potencial de interferência analítica e/ou biológica dos fármacos anti-hipertensivos mais utilizados na terapêutica em exames laboratoriais, principalmente os mais realizados dentro da rotina laboratorial, através de uma revisão bibliográfica em publicações e artigos científicos. Foram verificadas as interferências do inibidor da enzima conversora de angiotensina (Captopril®); do antagonista do receptor de angiontensina II (Losartana®), do β-bloqueador (Propranolol®) e do agente simpaticolítico de ação central (®Metildopa) nos exames laboratoriais. Sendo possível observar que esses anti-hipertensivos causaram muitas alterações nos parâmetros laboratoriais, sendo a maioria por interferência in vivo. Com base no pesquisado verificou-se que não se sabe ainda ao certo o mecanismo pelo qual alguns fármacos causam a interferência e nem o quanto isso pode intervir no tratamento e acompanhamento do paciente, demonstrando a necessidade de mais estudos, principalmente a longo prazo, nesta área.
PALAVRAS-CHAVE: anti-hipertensivos, interferências, exames laboratoriais.
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PDFReferências
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