CAPACITAÇÃO DOS ENFERMEIROS, TÉCNICOS E AUXILIARES DE ENFERMAGEM QUE ATUAM NA ÁREA ONCOLÓGICA

Anna Paula Nogueira Costa, Dionize Montanha

Resumo


Estudo de abordagem qualitativa, cujo objetivo foi analisar a capacitação dos enfermeiros, técnicos e auxiliares que atuam na área oncológica e identificar as ações educativas realizadas no serviço, mais especificamente no ambulatório de quimioterapia Rede Hebe Camargo de combate ao câncer, situado em um Hospital de ensino vinculado ao Sistema Único de Saúde – SUS, na cidade de Santos – SP. Os sujeitos foram 8 enfermeiros, sendo 1 o coordenador do serviço, 2 técnicos de enfermagem, 4 auxiliares de enfermagem e a enfermeira do serviço de educação continuada do hospital, totalizando 15 entrevistados. Para coleta de dados, utilizou-se um roteiro de entrevista semiestruturado. Após aprovação pelo Comitê de Ética em pesquisa com Seres Humanos, foram realizadas as entrevistas, gravadas e transcritas na íntegra, e os dados foram analisados com base na análise de conteúdo. O referencial teórico adotado foi sobre educação permanente, educação continuada e câncer. Os resultados demonstram que no período de 3 anos da criação do serviço ambulatorial de quimioterapia, poucas ações educativas foram realizadas para atender as necessidades e a demanda apresentada. Em relação à capacitação dos trabalhadores, as ações educativas ocorrem com base no conceito de EC. Após o treinamento admissional, a capacitação é realizada a partir da identificação de falhas e para o uso de novos materiais e medicações. A pesquisa também identificou a necessidade de clareza em relação ao conceito de Educação continuada e Educação permanente, há fragilidade no entendimento principalmente por parte dos enfermeiros do setor. Outro aspecto identificado neste estudo apontou que trabalhadores possuem forte crença de que a capacitação da equipe de enfermagem é uma atribuição exclusiva do serviço de educação continuada do hospital, e não uma responsabilidade setorial, no entanto, os trabalhadores manifestaram ao longo do estudo, a necessidade de mais capacitações para atenderem a especificidade da área oncológica. Conclui-se, portanto, que a unidade apresenta fragilidade nas ações educativas, as poucas ações realizadas ocorreram com base no conceito de EC e os trabalhadores manifestaram necessidade de mais capacitações, para que possam alcançar assim uma melhor qualidade na assistência prestada.

 

PALAVRAS-CHAVE: Educação Permanente; Educação Continuada; Capacitação; Oncologia.


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Referências


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