A HEGEMONIA DOS ESTADOS UNIDOS NO PRIMEIRO GOVERNO OBAMA

Latoya Cristina Ferraz, Eduardo Lucas Vasconcelos Cruz

Resumo


O objetivo deste trabalho é verificar se a influência dos EUA no cenário internacional aumentou ou declinou durante o governo Obama. Para tanto, busca comparar sua política externa com a do governo Bush e descrever como outras nações reagiram a ambas, apoiando as iniciativas norte-americanas ou resistindo a elas. A importância do tema decorre das discussões em torno da hegemonia dos EUA e do seu possível fim, seja em razão dos erros da administração norte-americana, seja em virtude da ascensão de países capazes de obstar e neutralizar suas iniciativas, o que levaria o cenário internacional de volta a um sistema de equilíbrio de poder pluripolar. Barack Obama assumiu o cargo cercado de expectativas quanto às medidas que adotaria. Muitos acreditavam que o 44º Presidente dos EUA repararia os erros do seu antecessor.

O governo Bush era visto como unilateralista, na medida em que conduzia ações militares sem o aval do Conselho de Segurança da ONU e descartava a possibilidade de que qualquer nação permanecesse neutra naquilo que denominava guerra contra o terrorismo, ou seja, a administração norte-americana consideraria inimigo qualquer país que se recusasse a apoiá-la na sua caçada às organizações que ameaçavam a segurança dos EUA. Barack Obama, por sua vez, sinalizou em sua campanha eleitoral que valorizaria as deliberações multilaterais no âmbito da ONU e trabalharia para recompor as relações entre os EUA com nações aliadas do Ocidente.

O prestígio dos EUA declinou na última década. Os fatos ocorridos no governo Bush desgastaram a imagem do país perante a opinião pública internacional; ao mesmo tempo, surgiram governos menos dóceis às pretensões norte-americanas na Ásia e na América Latina.

Por conseguinte, a responsabilidade pelo desgaste da posição dos EUA no cenário internacional não pode ser atribuída exclusivamente ao governo Obama, nem ao legado deixado pela administração anterior. Fatores externos também contribuem para este fenômeno, já que vários países têm buscado um papel mais expressivo na economia mundial. Dentre os mais relevantes países neste quadro de emergentes temos os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que cada dia mais formalizam e intensificam os laços.


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Referências


CLACK, George (Ed.). Barack Obama 44º Presidente dos Estados Unidos. 2011. Disponível em: . Acesso em: 09 ago. 2015.

JESUS, Diego Santos Vieira de. A crise da potência inteligente: os EUA e a grande estratégia de acomodação no governo Obama. 2013. Disponível em: . Acesso em: 09 ago. 2015.


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