Doença de Addison: Revisão Diagnóstica em Imunologia e Imagenologia
Resumo
A Doença de Addison é a insuficiência das glândulas suprarrenais que tem várias etiologias, sendo uma delas a autoimune. Os sintomas mais comuns são a fadiga crônica, fraqueza muscular, perda de apetite e peso, náuseas, vômitos, hipotensão, melasma suprarrenal (pele escurecida), irritabilidade depressão vontade de ingerir sal e hipoglicemia, sendo mais severa em crianças. Devido à sintomatologia inespecífica do individuo portador, o diagnóstico confirmatório é feito tardiamente, baseado no fato de que a doença não é a suspeita inicial. Este trabalho, a partir de artigos científicos retirados de revistas e jornais brasileiros e estrangeiros, disponíveis online, e de citações de livros conceituados nas áreas de Endocrinologia, Imunologia e Imagenologia, tem como objetivo reunir informações conceituais relacionadas ao diagnóstico por imagem e imunológico dessa patologia pouco conhecida e rara, com prevalência de 0,45 a 11,7 casos por 100.000 habitantes. Os dados apresentados na literatura mostram que maioria dos sintomas é resultante da deficiência combinada de glicocorticoides, mineralocorticoides e andrógenos, a primeira avaliação laboratorial deve ser feita após a triagem com hemograma, dosagem de íons (sódio, potássio, bicarbonato e cálcio), níveis de cortisol plasmático, ACTH, Renina, Aldosterona, juntamente com perfil hepático e renal. Então, posteriormente, são realizados os testes imunológicos baseados em técnicas de radioimunoensaio e immunoblotting, permitindo a verificação da etiologia autoimune, evidenciando Anticorpos Anticórtex da suprarrenal (ACAs) em 60-80% dos casos, e estes ajudam no diagnóstico. Contudo, deve ser confirmado através dos exames por imagem, de técnicas invasivas (arteriografia e venografia) e não invasivas (tomografia computadorizada e ressonância magnética), sendo estas últimas as mais utilizadas, permitindo descartar hipóteses diagnósticas baseadas em características como calcificações, áreas de alta densidade e hipertrofia, comuns em tumores ou processos infecciosos. O conhecimento de novas técnicas diagnósticas é de extrema importância tanto para a confirmação da suspeita clínica prévia, quanto para o tratamento dos pacientes.
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PDFReferências
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