Importância da citometria de fluxo no diagnóstico diferencial das leucemias
Resumo
A citometria de fluxo, introduzida em meados do século XX, era uma técnica utilizada apenas em centros de pesquisas para obtenção de parâmetros básicos como tamanho e forma, porém os avanços tecnológicos e grandes descobertas, como por exemplo, a produção de anticorpos monoclonais, abriu um amplo espectro dentro da rotina laboratorial, podendo ser utilizada hoje em dia, em várias áreas de atuação do profissional biomédico, como por exemplo, hematologia, biologia molecular, microbiologia, reprodução assistida, entre outras. Atualmente a citometria de fluxo é uma técnica que permite uma análise multiparamétrica das células sanguíneas, isso se fez possível devido ao desenvolvimento dos anticorpos monoclonais e conjugação dos mesmos a fluorocromos, os quais contribuíram no entendimento das alterações fisiológicas que ocorrem durante a diferenciação e maturação de todos os componentes normais do sistema hematopoético, assim como daquelas que ocorrem durante o desenvolvimento de processos patológicos. A imunofenotipagem das células neoplásicas hematopoéticas pela citometria de fluxo, além de auxiliar no diagnóstico diferencial e direcionar a terapêutica utilizada, permitiu a classificação de um novo subtipo de LMA (Leucemia mielóide aguda), o M0, o qual só é diagnosticado por esta técnica. A imunofenotipagem permite também a caracterização de uma ou mais populações leucêmicas, através dos marcadores celulares, medindo a porcentagem de cada uma delas antes e depois da quimioterapia. Esse tipo de determinação se faz importante na detecção da doença residual mínima, isto é, quando há persistência de uma quantidade pequena de células blásticas resistentes ao tratamento. O reconhecimento, da célula doente que gerou todo o processo neoplásico é fundamental, pois uma vez definida a célula anômala, sua biologia, seu mecanismo leucemogênico, pode-se melhor conduzir o paciente. Para que sejam obtidas tais informações é necessário que vários métodos diagnósticos sejam combinados, obtendo assim um diagnóstico seguro e preciso dos tipos e subtipos de leucemias.
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