Antropologia forense na Criminologia
Resumo
Na época atual, é visto a necessidade do ramo da Antropologia forense na Criminologia, principalmente. A área é de extrema importância para casos históricos ainda não desenvolvidos e casos criminais que aguardam o desfecho. A principal adversidade é dispor de profissionais qualificados ao nível de realizar trabalho de cunho cientificamente idôneo. No Brasil, é notavelmente escassa a comparência de profissionais atuantes e altamente qualificados para o cargo. Há ocorrências de inúmeros casos, mas não há profissionais do ramo para o desfecho dos mesmos. Dificultando a solução de homicídios, tanto para o avanço científico como para conforto familiar daqueles que padecem no aguardo de respostas a incógnitas que perduram por anos tanto pela falta de qualificação como pela falta de disponibilidade de instrumento científico de elite. A área tem grande abrangência na América do Norte, onde existe o instituto ‘’ The American Academy of Forensic Sciences’’ no qual lidera o avanço da ciência forense. Em seu núcleo de direção está Kathy Reichs, uma das mais reconhecidas Antropólogas Forense do mundo. Kathy é certificada pelo Conselho Americano de Antropologia Forense, onde poucos conseguiram tal avanço na carreira citada. Publica artigos científicos, lançou livros, trabalha na área da investigação em Quebec (Canadá) e na Carolina do Norte (Estados Unidos). Identificou vítimas da Segunda Guerra Mundial e da Revolução Americana de 1776. Toda sua dedicação na área contribuiu e continua a contribuir até o tempo atual para o avanço científico, desfecho de casos e para inspiração de estudantes de Antropologia. É devido a esta área que muitos fragmentos ósseos ancestrais foram analisados e utilizados para a melhor compreensão da evolução humana, fragmentos de cadáveres respectivos a casos antes nunca vistos de acidentes aéreos ou naufrágios, resultados de mutilações, agressões físicas sofridas em período de escravidão, costumes de ambulação e postura, práticas realizadas, doenças genéticas, avanço da paleopatologia, todos esses fatores de evidência são estudados e desencadeados pelos profissionais atuantes. A incumbência de um antropólogo forense consiste em etapas distintas, porém correlacionadas. A etapa de maior destaque fundamenta-se na investigação laboratorial, que desde o princípio do encargo da Antropologia Forense vem sendo aprimorada com novas técnicas, dispositivos laboratoriais, instrumentos para a avaliação e asseio das ossadas, técnicas histológicas ósseas e diversos outros meios que dependem do poder aquisitivo que o laboratório possui. Outros métodos também são adotados na identificação e interpretação dos vestígios, tais como fotografia digital, tecnologia informática forense, radiologia, microscopia eletrônica e fundamentalmente o conhecimento e a astúcia de um bom profissional da área. É visto que nos dias atuais a escassez da qualificação profissional é grande e promove a dificuldade de atuação em determinados cargos no meio forense. A Antropologia não é uma área reconhecida e tão pouco apreciada, pois o discernimento é vago quando se trata da contribuição e realização que um Antropólogo Forense pode oferecer. A proposta que este trabalho seguirá tem por primeiro plano buscar uma perspectiva de interesse sobre o ramo da Antropologia Forense e seus estudos. A pesquisa visa detalhar as etapas de avaliação das ossadas dentro dos métodos adotados na rotina de atuação do profissional. Sendo assim, o interesse a partir do tema originou-se por meio da afeição pela carreira forense e pela osteologia que são os principais descritores do tema abordado. O grande atrativo que a área traz consigo são as infinitas possibilidades que as investigações das ossadas podem revelar sobre um determinado indivíduo sem que se saibam suas características fenotípicas ou genéticas, seu antepassado ou ao menos o seu nome. Ao fim de toda investigação, é possível desvendar todas essas indagações acerca da análise absoluta dos fragmentos em questão. A principal objetividade que a pesquisa mostrará é a grande importância do Antropólogo Forense na área criminal e sua grande abrangência ao decorrer das pesquisas e análises que contribuem para concluir um caso criminal. Será de caráter influenciador para aquele que se interessa pela área forense da Antropologia e suas várias possibilidades de atuação e auxílio para o desvendamento de incógnitas em casos em aberto ou casos novos. Desde o primeiro contato com a cena do crime até o seu desfecho, será colocado dentro da pesquisa a prática que representa o trabalho de um profissional qualificado. Serão descritas e simplificadas as etapas de análise óssea ao decorrer da pesquisa, abrangendo sempre a anatomia humana com ênfase na osteologia completa e segmentar. A maneira que o trabalho será decorrido terá por objetivo, também, despertar o interesse e o prazer de levar o estado do conhecimento da área adiante. A pesquisa será desenvolvida a partir da base necessária para o reconhecimento dos componentes de um esqueleto humano, levando em conta primordialmente os possíveis métodos para a exata diferenciação de uma ossada feminina para uma masculina, a etnia baseada nos ossos que compõem o crânio, a idade, a característica física óssea para uma estimativa do tempo de morte e elementos anexados ao esqueleto que demonstram o local exato da cena do crime. Com uma análise microscópica, marcas de quedas, balas de fogo, mutilações, agressões físicas ou até mesmo movimentos repetitivos são descobertos. Portanto, é uma área em que é preciso conhecimento exacerbado para o desfecho e conclusão coerentes e disponibilidade de material propício para o andamento da investigação. Serão abordadas técnicas utilizadas para a decomposição acelerada de pele que possa dificultar a visualização dos fragmentos ósseos, para a melhor interpretação dos mesmos que serão trabalhados ao decorrer do estudo. A análise dos fragmentos como um todo tem poder de revelar os aspectos comportamentais respectivos ao indivíduo e auxiliam na conclusão do caso em estudo. Por ser uma área de ciência forense, todas as análises conclusivas acarretam no desfecho do homicídio, ou na resposta conclusiva da incógnita a respeito de ser ou não, classificando-o como culposo ou doloso. E este, é o principal objetivo do trabalho antropológico forense: solucionar homicídios.
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