Endometriose: uma doença inflamatória?
Resumo
A endometriose é uma doença ginecológica bastante comum, no qual afeta entre 6% a 10% das mulheres em idade reprodutiva (BURNEY, 2013). É uma desordem estrógeno dependente crônico e progesterona resistente que leva ao aparecimento das lesões, que contem glândulas endometriais e estroma fora da cavidade uterina, podendo a doença ser dividida em ovariana e peritoneal, mas podem ocorrer em outros lugares, dentro ou fora da pelve. Em sua fisiopatologia, ela está agora, sendo considerada uma doença inflamatória mediada por citocinas e quimiocinas. A distribuição anatômica também favorece o aparecimento das lesões, uma vez que as implantações superficiais são mais frequentemente localizadas na parte posterior da pélvis e na hemipelve esquerda (ROGERS et al., 2013).
A doença está sendo cada vez mais classificada como uma doença inflamatória, apesar de sua fisiopatologia ser pouco conhecida os recentes estudos nessa área indicam que o microambiente peritoneal é caracterizado pelo aumento dos macrófagos ativados associados com altos níveis de citocinas inflamatórias, quimiocinas, fatores de crescimento e prostaglandina. A teoria mais aceita atualmente é a da implantação, causada pela menstruação retrógada que promove uma resposta inflamatória pélvica crônica, porém esta teoria não pode explicar todos os casos, como por exemplo, no cérebro (BURNEY; GIUDICE, 2012). Essa doença ocorre dor pélvica característica, dismenorreia, dispareunia e infertilidade, resultando numa redução considerável na qualidade de vida da paciente, porém a fisiopatologia da doença também depende de outros fatores como predisposição genética, estrogeno dependência e inflamação, sendo mediada pelo estimulo frequente de proteínas, quimiocinas e citocinas, dos quais, NF-Kβ, TNFα e interleucinas (BERTSCHI, 2013). O diagnóstico é feito por meio de laparoscopia e um exame histopatológico para confirmar a doençae o tratamento atual para as mulheres com endometriose associadas com dor e infertilidade incluem intervenção cirúrgica, tratamento com drogas, terapias alternativas e reprodução assistida (KONG et al., 2013).
Este trabalho tem como objetivo revisar os mecanismos patológicos associados ao processo inflamatório durante a história natural da doença.Texto completo:
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