EFICÁCIA DA ESTIMULAÇÃO NEUROPSICOMOTORA EM RECÉM-NASCIDOS INTERNADOS NA UTI
Resumo
Introdução: O isolamento em ambiente hospitalar e procedimentos médicos, muitas vezes necessários para a restauração e desenvolvimento fisiológico adequado do recém-nascido (RN), acarretam uma privação sensória e um atraso no desenvolvimento motor do mesmo. Objetivo: Avaliar a evolução clínica do RN submetido à estimulação sensório-motora, internado na UTI. Metodologia: Ensaio clínico randomizado, incluindo RNs internados na UTI pediátrica do Hospital Guilherme Álvaro, Santos – SP e que correspondiam aos critérios de inclusão: submetidos a qualquer ventilação mecânica e/ou oxigenoterapia, com mais de 27 semanas de idade gestacional (IG) e com peso acima de 1100g, sendo, a intervenção, iniciada somente após 72h do nascimento ou após estabilidade hemodinâmica. Foram distribuídos em dois grupos: Grupo Controle (GC) e Grupo Intervenção (GI). O GC não recebeu intervenção sensório-motora, apenas os procedimentos de rotina realizados na UTI. O GI, além dos procedimentos de rotinas, participou de um programa de ESM incluindo: estimulação tátil e estimulação vestibular, duração de 10 a 15 min de estimulação, com 3 sessões por semana durante todo o período de internação. Resultados: Total de 10 RN, sendo 5 no GC e 5 no GI. Não houve diferença significativa, quando comparado GC com GI, com relação ao peso ao nascimento, ao peso inicial e final dos dois grupos; ao tempo de internação entre os grupos e aos sinais vitais iniciais e finais no GI, apenas pressão arterial diastólica, houve diferença significativa (p = 0,032841), havendo um decréscimo na mesma. Apesar de não ter sido significativo, observou-se a diminuição de frequência cardíaca (FC), pressão arterial sistólica (PAS) e aumento da saturação periférica de oxigênio (SpO2). Conclusão: Não podemos concluir, com este trabalho, que a estimulação sensório-motora no RN internado na UTI auxilia no ganho de peso e redução do tempo de internação. Porém, podemos afirmar que não gera instabilidade hemodinâmica, pelo contrário, pode ser eficaz na estabilização da mesma, quando realizada de forma adequada e respeitando o momento e o comportamento do RN.
EFFICACY OF NEUROPSYCHOMOTOR STIMULATION IN NEWBORNS ADMITTED TO THE INTENSIVE CARE UNIT
Introduction: Isolation in a hospital environment and medical procedures, often necessary for the restoration and proper physiological development of the newborn (NB), lead to sensory deprivation and a delay in motor development. Objective: To evaluate the clinical evolution of infants in the ICU undergoing sensory-motor stimulation. Methodology: A randomized clinical trial, including NBs, admitted to the pediatric ICU of Hospital Guilherme Álvaro, Santos - SP and who met the inclusion criteria: submitted to any mechanical ventilation and/or oxygen therapy, with more than 27 weeks gestational age (GA) and weighing more than 1100g, and the intervention started only 72 hours after birth or after hemodynamic stability. They were distributed into two groups: Control Group (CG) and Intervention Group (IG). The CG did not receive sensory-motor intervention, only the routine procedures performed in the ICU. The IG, in addition to routine procedures, participated in an ESM program including tactile and vestibular stimulation, with 10 to 15 min of stimulation, with 3 sessions per week during the entire hospitalization period. Results: Total of 10 NB, 5 in CG, and 5 in IG. There was no significant difference when comparing CG with IG, regarding birth weight, initial and final weight of the two groups; length of stay between groups, and initial and final vital signs in IG; only diastolic blood pressure, there was a significant difference (p = 0.032841), with a decrease in it. Although it was not significant, there was a decrease in heart rate (HR), systolic blood pressure (SBP), and an increase in peripheral oxygen saturation (SpO2). Conclusion: We cannot conclude from this study that sensory-motor stimulation in NB admitted to the ICU helps in weight gain and reduction of length of stay. However, we can state that it does not generate hemodynamic instability, on the contrary, it can be effective in stabilizing it when performed appropriately and respecting the moment and behavior of the NB.
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