Uso da eritropoetina em um caso de Neuropatia Sensitiva Autonômica Hereditária (HSAN)

Resumo

Apresenta-se a recente descoberta do uso da eritropoetina como um fator neurotrófico e neuroprotetor. Diversas doenças vêm sendo tratadas apresentando base terapêutica à eritropoetina, como: isquemias, lesão cerebral neonatal, malária, infarto do miocárdio e HSAN (Neuropatia Sensitiva Autonômica Hereditária). Esta última, doença degenerativa que apresenta, entre outras consequências, danos cerebrais e retardo mental. Assim, o estudo elucida a função da eritropoetina (EPO) e seu receptor (EpoR) avaliando as consequências do uso da eritropoetina em um caso de HSAN. Trata-se de um relato de caso de caráter retrospectivo, de uma paciente do sexo feminino, 22 anos, que faz uso de EPO em 2000 U/mL, a cada dois dias. Previamente investigou-se os danos causados pela doença através dos testes: Tilt Test, biópsia de nervos, investigação da hiperidrose, Doppler Transcraniano. Detectou-se degeneração dos nervos mielinas de calibre pequeno por meio da biópsia. Após a introdução da eritropoetina, observou-se nos resultados dos exames a eficácia da mesma quando realiza seu papel de ligar-se na dinâmica circulatória encefálica, na elevação da pressão arterial e dos batimentos cardíacos, atuando na neuroproteção dos neurônios e células epiteliais cerebrais, concluindo-se que evita danos ao cérebro neste caso da paciente portadora de HSAN.