AVALIAÇÃO DA OCORRÊNCIA DE Staphylococcus aureus RESISTENTES À METICILINA EM ESTUDANTES DA ÁREA DA SAÚDE

Keila Oliveira Lima, Thiago de Arruda Souza, Amanda do Nascimento e Silva

Resumo


RESUMO

 

O Staphylococcus aureus é uma bactéria que faz parte da microbiota natural do homem, podendo ser encontrada em diversos sítios, como pele e fossas nasais. É considerado um dos principais patógenos em seres humanos, devido a sua elevada patogenicidade e devido à resistência aos antibióticos e susceptibilidade dos indivíduos imunodeprimidos. Com a ampla utilização de muitos antimicrobianos para tratar infecções causadas pelo S. aureus,  os agentes patogênicos tornaram-se cada vez mais resistentes, mesmo a antibióticos mais resistentes, como a Oxacilina e a Meticilina. A resistência a esses antibióticos é conferida por fenômenos genéticos, um dos genes responsáveis por essa resistência é o gene mecA, responsável pela produção da proteína PBP, modificada em PBP2, possuindo pouca afinidade pelos betalactâmicos. Os S. aureus resistentes a Meticilina são denominados MRSA. Devido à virulência e resistência apresentada pelo Staphylococcus aureus, o presente trabalho teve como principal objetivo avaliar a presença de S. aureus e a resistência deste microrganismo à Meticilina em uma amostragem de estudantes da área da saúde. Foi realizado um estudo observacional e transversal, no qual analisamos amostras coletadas com swab nasal de alunos do Centro Universitário Lusíada, onde foram submetidas à cultura, identificação e ao teste de sensibilidade à Meticilina. Em 120 amostras analisadas foram identificadas S. aureus em 36,7% dos estudantes, com uma maior positividade nos estudantes da Enfermagem, com um total de 19,2%, seguida da Fisioterapia (11,8%) e a Biomedicina (5,8%). Estas amostras isoladas foram submetidas ao teste de susceptibilidade antimicrobiana, no qual 6,8% apresentaram a resistência a Meticilina. Os resultados obtidos tanto na porcentagem de isolado de S.aureus, como na porcentagem de amostras resistentes à Meticilina em nosso estudo, são compatíveis com resultados em estudos semelhantes a este. Desta forma concluímos que devido ao contato desses estudantes em meios hospitalares, a colonização por cepas MRSA torna-se preocupante, pois estes estudantes apresentam um potencial significativo de disseminação do microrganismo tanto no ambiente hospitalar como fora dele.

 

Palavras-chave: Staphylococcus aureus. Resistência à Meticilina. MRSA


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