ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO E SOROLÓGICO DO ESCORPIONISMO NO BRASIL, COM FOCO NA ESPÉCIE TITYUS SERRULATUS

Resumo

Também conhecidos como lacraus, os escorpiões surgiram há 450 milhões de anos, no ambiente marinho. Os primeiros registros deste aracnídeo no ambiente terrestre são datados de 325 a 350 milhões de anos atrás. Algumas espécies de escorpiões se adaptaram à vida em ambiente urbano, como é o caso dos butídeos brasileiros Tityus bahiensis, T. serrulatuse T. Stigmurus. Estes escorpiões sãooportunistas, se alimentam de baratas e grilos em áreas urbanas, e T. serrulatuse T. stigmurus possuem populações reconhecidamente partenogenéticas, estratégia reprodutiva vantajosa na colonização e proliferação de cidades. Não coincidentemente, estas três espécies, as mais adaptadas ao ambiente urbano, são as principais responsáveis por acidentes escorpiônicos no Brasil, já tendo sido registrados surtos populacionais, principalmente nas regiões Nordeste e Sudeste. Esta pesquisa aborda o histórico dos acidentes envolvendo escorpiões no Brasil com ênfase no gênero Tityus no Brasil, sendo o foco na espécie Tityus serrulatus, conhecido popularmente como “escorpião amarelo”, além dos outros escorpiões da espécie Tityus que se relacionam com acidentes a humanos, que são Tityus bahienses, Tityus stigmurus. Com este trabalho objetivamos contribuir, em parte, ao conhecimento sobre as espécies de escorpiões, suas características morfológicas, e seu habitat para a intensificação das ações de prevenção, como também mostrar a importância de se conhecer as substâncias presentes nos venenos para produção de soros antiescorpiônicos. Também foi abordado o cenário epidemiológico de acidentes com escorpiões no país, bem como as características sorológicas importantes para o desenvolvimento de soros contra os venenos produzidos por diferentes tipos de escorpiões.

Palavras-chave: Escorpiões; Tityus serrulatus; Acidentes; Epidemiologia.