SÍFILIS: ASPECTOS CLÍNICOS, EPIDEMIOLÓGICOS E DIAGNÓSTICOS NO BRASIL

ÉRICA ENDO AMEMIYA, Luiz Henrique Gagliani

Resumo


As doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) estão entre as primeiras dez doenças em adultos jovens do sexo masculino em países desenvolvidos e a segunda maior causa de doenças em adultos jovens mulheres. Jovens adultos e adolescentes (15-24 anos) correspondem a 25% da população sexualmente ativa, porém representa 50% das doenças sexualmente transmissíveis. Deve-se ressaltar que as DSTs causam sérias conseqüências no âmbito da saúde e na economia de
um pais. Assim, um adequado mapeamento para essas doenças deve ser feito para a rotina diária em todo o mundo, pois muitas DSTs são assintomáticas e por esse motivo tornam-se de difícil controle, entre elas, a sífilis. Assim como nos Estados Unidos, no Brasil, a sífilis persiste sendo um problema de saúde pública, em especial no grupo materno-infantil, prioritário na política do Ministério da Saúde do Brasil. A partir da década de 60, observou-se uma tendência mundial de aumento dos casos dessa enfermidade entre a população. Pacientes que tem sífilis devem procurar tratamento desde os primeiros sinais ou sintomas em qualquer estágio da doença. A infecção primária é caracterizada por úlcera não purulenta; infecção secundária apresenta rash cutâneo, lesões mucocutâneas, linfadenopatia e infecções latentes. Estas só são detectadas a partir de testes sorológicos. A sífilis é uma doença sexualmente transmissível causada pelo Treponema pallidum e
apresenta alta variedade clínica durante seu desenvolvimento. Além de causar complicações significativas se retardar o tratamento, facilitando a transmissão de HIV. Isso ocorre em aproximadamente 40% das gestantes que sofrem aborto por não tratar a doença precocemente. No caso dos Estados Unidos, por exemplo, os relatos de sífilis diminuíram nos anos 90. Em 2000, a taxa era a menor desde 1941. Entre 1990 e 2000, a taxa de sífilis 1ª e 2ª caiu 89,7%. Porem, entre 2001 e 2005 essa taxa aumentou, principalmente no sexo masculino e entre jovens. Em 2010, pela primeira vez em dez anos, a taxa de sífilis aumentou. Apesar da taxa não ter mudado em 2011, ela aumentou 22% de 2011 a 2013. Dessa forma, através de medidas profiláticas como educação, diagnóstico e tratamento são fundamentais para melhor controle da sífilis, na população.

Palavras-chave: Sífilis; Treponema pallidum; Doença sexualmente transmissível; Epidemiologia; Diagnóstico.


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Referências


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