NEOPLASIAS NO COLO DE ÚTERO CAUSADAS PELO PAPILOMAVÍRUS HUMANO (HPV)

Maria Esther Kerber Santos, Ana Luiza Bizinelli, Nathalia Gaiotto Jacob, Frederico Kauffmann Barbosa

Resumo


Estudos recentes comprovam que a presença do papilomavírus humano (HPV) é fator causal para ocorrência de neoplasias no colo do útero, apesar de não ser suficiente para o desenvolvimento da mesma, ou seja, é necessária a participação de fatores adicionais.

Os fatores que influenciam no desenvolvimento são: tabagismo, consumo de álcool, uso de contraceptivo hormonal oral, alimentação pobre, uso de drogas, presença de outras DSTs, idade da primeira relação sexual, número, paridade e características do parceiro. Esses fatores variam de pesquisa para pesquisa tendo em vista que seus resultados diferem em cada população estudada.

A maioria das infecções por HPV é transitória (cerca de 90% dos casos) e não é mais detectada em 36 meses. Porém o reaparecimento do vírus, a persistência do mesmo ou sua evolução está intimamente relacionada com o DNA viral, que pode causar lesão intraepitelial de baixo grau (LIEBG), passando pela lesão intraepitelial de alto grau (LIEAG) até desenvolver a neoplasias de colo de útero. Há também casos que o inicio é em LIEAG resultando na neoplasia. 

A International Agency for Reserach on Cancer(IARC) classificou os tipos de HPV 16 e 18 como carcinogênicos, respondendo por 70% a 90% dos casos de neoplasia.  Outro fator de grande relevância na evolução das lesões causadas pelo HPV para a neoplasia é o diagnóstico precoce. Exames como o Papanicolau, histopatologia, cervicografia e colposcopia, além dos métodos de biologia molecular que detectam a presença do DNA viral nos tecidos evitariam o aparecimento da neoplasia. 

De um ponto de vista geral compreende-se que ações básicas de prevenção e controle desses fatores, juntamente com políticas de proteção à saúde e melhorias na educação populacional diminuiriam o número de casos do HPV e das neoplasias consequentes do mesmo. 


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