Comparação entre a avaliação da capacidade funcional aplicada através da SF-36 e o índice de Barthel em pacientes com acidente vascular encefálico (AVE)

Rafaela Baggi Prieto Alvarez, Eugênia Lucélia de Seixas Rodrigues Pires

Resumo


De acordo com Rowland (1997), o acidente vascular cerebral é um importante problema de saúde pública que se situa entre as quatro principais causas de morte em muitos países e é responsável por uma grande proporção da carga de doenças neurológicas. Segundo O’Sullivan e Schmitz (2010), o termo AVE é empregado de forma intercambiável com derrame para se referir às condições vasculares do encefálico. Clinicamente, poderão ser produzidos vários déficits focais, incluindo alterações do nível de consciência e comprometimento das funções sensorial, motora, cognitiva, perceptiva e de linguagem. A alteração mais comum é a hemiparesia ou hemiplegia, correspondendo à deficiência motora caracterizada por espasticidade e fraqueza muscular no hemicorpo contralateral à lesão (TORRIANI et al, 2005). Uma vez que pacientes que possuem disfunções decorrentes de AVE apresentam diminuição das atividades de vida diária, se torna necessário avaliar o impacto da doença na qualidade de vida desses pacientes (CESÁRIO; PENASSO; OLIVEIRA, 2006). Para isto, existem diversas metodologias avaliativas, dentre elas as escalas de funcionalidade aparecem para analisar a condição clínica geral, inabilidades, função motora e mental, como a qualidade de vida dos pacientes, permitindo analisar a progressão da doença e a eficácia do tratamento (CECHETTI; STUANI; PANIZ, 2013). A escala de SF-36 correspondente à capacidade física pretende medir desde a limitação para executar atividades físicas menores (como tomar banho ou vestir-se) até às atividades mais exigentes, passando por atividades intermédias como levantar ou carregar as compras da mercearia, subir lanços de escadas, inclinar-se, ajoelhar-se, baixar-se ou mesmo andar uma determinada distância (FERREIRA, 1998). As dificuldades apresentadas podem variar nas atividades cotidianas, como na alimentação, higiene pessoal, vestuário, deambulação, no deitar e levantar, necessitando, assim da ajuda de terceiros para a efetivação das atividades da vida diária (CECHETTI; STUANI; PANIZ, 2013). Diante disso, o objetivo principal desse artigo é comparar os resultados da avaliação da funcionalidade através do domínio da capacidade funcional (SF-36) e do índice de Barthel dos entrevistados acometidos por acidente vascular encefálico.


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Referências


CECHETTI, F; STUANI, P; PANIZ, R. Acidente vascular cerebral e sua correlação com escalas de funcionalidade. Caxias do Sul: Fisioterapia Brasil, 2013.

CESÁRIO, C M M; PENASSO P; OLIVEIRA A P R. Impacto da disfunção motora na qualidade de vida em pacientes com Acidente Vascular Encefálico. Revista Neurociência v14 n1 - Jan/Mar, 2006.

FERREIRA, P L. A Medição do Estado de Saúde: Criação da Versão Portuguesa do MOS SF-36. Centro de Estudos e Investigação em Saúde da Universidade de Coimbra, 1998.

O’SULLIVAN, S B; SCHMITZ, T J. Fisioterapia: avaliação e tratamento. Barueri: Manole, 2010.

ROWLAND, L P. Merritt: Tratado de Neurologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1997.

TORRIANI C, Queiroz SS, CYRILLO FN, MONTEIRO CBM, FERNANDES S, PADOAN BB, CORREA LCB, COELHO CG, GAMA DM, PEREIRA DP, RELVAS FR. Correlação entre transferência de peso sentado e alteração sensorial em região glútea em pacientes hemiplégicos/paréticos. Rev Neurociencias 2005; 13(3):117-121.


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