AVALIAÇÃO DA FUNCIONALIDADE E QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES COM ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO (AVE)

Rafaela Baggi Prieto Alvarez, Eugênia Lucélia de Seixas Rodrigues Pires

Resumo


Introdução: Acidente Vascular Encefálico (AVE) ou ataque cerebral é a perda repentina da função neurológica causada por uma interrupção do fluxo sanguíneo para o encéfalo (O’SULLIVAN; SCHMITZ, 2010). As manifestações clínicas subjacentes a esta condição são variáveis e incluem alterações sensitivas, cognitivas e motoras, como fraqueza muscular, espasticidade, padrões anormais de movimento e déficit de equilíbrio (SANTOS et al. 2013). As sequelas deixadas por um AVE resultam em déficits na capacidade funcional, independência e qualidade de vida dos indivíduos (NETO, 2007). As dificuldades apresentadas podem variar nas atividades cotidianas, como na alimentação, higiene pessoal, vestuário, deambulação, no deitar e levantar, necessitando, assim da ajuda de terceiros para a efetivação das atividades da vida diária (CECHETTI; STUANI; PANIZ, 2013). Objetivo: o objetivo principal desse trabalho foi a avaliação da funcionalidade e a qualidade de vida em pacientes que tiveram diagnóstico de acidente vascular encefálico. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal qualitativo e quantitativo realizado com pacientes diagnosticados com acidente vascular encefálico. Realizado com pacientes que realizaram tratamento na Clínica de Fisioterapia do Centro Universitário Lusíada, no mês de abril a agosto de 2014. Foram critérios de inclusão pacientes maiores de 18 anos, pacientes que tiveram diagnóstico de AVE e que concordaram em assinar o termo de consentimento livre e esclarecido. O estudo foi realizado com doze pacientes por meio da aplicação de questionários, que tinham perguntas de múltipla escolha e dissertativas relacionadas a informações pessoais, o índice de Barthel e o SF-36. O trabalho foi aprovado pelo comitê de ética da fundação Lusíada pelo número 217/2014, sendo aprovado em 28/04/2014. Resultados: Foram feitos através da análise dos dados de estatística descritiva para variáveis qualitativas. De acordo com os resultados foi possível constatar que a maioria dos acometidos foram vítimas de acidente vascular encefálico (AVE) do tipo isquêmico (66.67%), e o restante acometido por AVE do tipo hemorrágico (33.33%). Temos discriminado os valores de acordo com a aplicação do Índice de Barthel, que foi a escala utilizada para quantificar a funcionalidade em atividades de vida diária dos entrevistados e expressou resultados com valores bem alternados, sendo que somente cinco pacientes apresentaram 100% de valor na funcionalidade, sendo o restante depende para realização de algumas tarefas. No questionário SF-36 nos oitos domínios que contém a escala, todos apontam que os acometidos por AVE não possuem boa qualidade de vida, pois nenhum domínio atingiu total de pontuação de todos os participantes. Conclusão: Através dos resultados dos questionários, pode-se concluir que devido aos acometimentos causados pelo acidente vascular encefálico, os indivíduos apresentam um déficit na funcionalidade e na qualidade de vida, necessitando de auxílio de outras pessoas para que possam realizar as tarefas do dia-a-dia o que contribui para apresentarem uma baixa qualidade de vida.


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Referências


CECHETTI, F; STUANI, P; PANIZ, R. Acidente vascular cerebral e sua correlação com escalas de funcionalidade. Caxias do Sul: Fisioterapia Brasil, 2013.

NETO, M G. Aplicação da Escala de Qualidade de Vida Específica para AVE (EQVE-AVE) em Hemiplégicos Agudos: Propriedades Psicométricas e sua Correlação com a Classificação Internacional de Funcionalidade Incapacidade e Saúde. Belo Horizonte: Universidade federal de Minas Gerais, 2007.

O’SULLIVAN, S; SCHMITZ, T J. Fisioterapia Avaliação e tratamento. Barueri, SP: Manole, 2010.

SANTOS, L A D; et al. Efeito da dança sênior no equilíbrio e no risco de quedas em hemiparéticos pós acidente vascular encefálico. São Paulo: Fisioterapia Brasil, 2013.


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