Resultados maternos e perinatais de partos normais de gestantes com Pré-eclâmpsia
Resumo
Introdução: As doenças hipertensivas da gestação são a principal causa de morbimortalidade materna e fetal. A pré-eclâmpsia (PE) acomete 4 a 8% de todas as gestantes1,2. De acordo com a Nacional High Blood Pressure Education Program a hipertensão na gestação é definida como pressão arterial sistólica > 140 mmHg e/ou pressão arterial diastólica >90 mmHg em uma mulher portadora de pressão arterial normal. O único tratamento efetivo da PE é o parto, e sua cura ocorre somente após a retirada da placenta. Devida uma questão cultural evidenciada pelo receio das pacientes em optar pelo parto normal ou mesmo por indicação médica, as taxas de parto cesárea vêm aumentando nessas pacientes. Em condições estáveis, materna e fetal pode ocorrer o parto normal sem riscos. Este é preferível por diversos fatores, dentre eles de os distúrbios de coagulação complicarem a pré-eclâmpsia, e o risco de sangramento e de eventos tromboembólicos21,22 são maiores no parto cesárea.
Objetivo:Identificar os resultados maternos e perinatais da parturição via vaginal das gestantes com Pré-Eclampsia.
Métodos: Foi realizado um estudo retrospectivo, envolvendo 524 gestantes internadas no Hospital Guilherme Álvaro (HGA) em Santos-SP, no período de janeiro de 2012 a dezembro de 2012, apresentando idade gestacional superior a 37 semanas. A coleta de dados foi realizada através da revisão dos prontuários de todos os partos normais realizados nas gestantes da Maternidade do HGA no período proposto.
Resultados: Os resultados obtidos apresentados nas tabelas, em sua maioria não diferiram entre as variáveis analisadas dos grupos estudados. As variáveis que apresentaram diferença estatística foram idade da gestante, idade gestacional no parto e início do parto.
Conclusão: Em analise final do nosso estudo, observamos que a parturição via vaginal não apresentou maleficios ao binômio mãe – feto.
Palavras-chave: pré-eclâmpsia e parto normalTexto completo:
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