PREVALÊNCIA DE SOFRIMENTO PSÍQUICO ENTRE ESTUDANTES DE MEDICINA DE UM CENTRO UNIVERSITÁRIO DE SANTOS – SP

Resumo

Estudantes de medicina comumente têm uma rotina que impacta sua saúde mental. Este estudo avaliou a prevalência de sofrimento psíquico em alunos de todos os anos de um curso médico da cidade de Santos, particular, e procurou identificar fatores relevantes na relação entre esta população e transtornos mentais comuns. Foi utilizado o instrumento padronizado Self Report Questionnaire, para rastrear transtornos mentais comuns e outro questionário, desenvolvido pelos autores, contendo dados como idade, grau de adaptação, uso de drogas, dificuldade financeira e acadêmica, entre outros.  Trata-se de um estudo quantitativo descritivo de corte transversal. Foram coletadas 420 respostas, 45,48% eram alunos dos 3° e 4° anos, e 70,48% mulheres. A maior parte procedente de outra cidade (78,28%), retornava à residência de origem semanalmente (49,28%), não referiu dificuldades financeiras (75,95%), considerava-se adaptada (92,51%) e acolhida pela comunidade acadêmica (86,33%). Sobre o curso, 67,86% consideraram ter nenhuma ou pouca dificuldade acadêmica e 5,48% insatisfeito com sua escolha. Quanto à utilização de drogas e medicamentos, os mais prevalentes foram o uso de álcool (69,79%) e de antidepressivos (13,33%). A prevalência de transtornos mentais comuns nesta população foi de 53,57% e os sintomas mais prevalentes foram “sentir-se nervoso, tenso ou preocupado” (81,15%) e “sentir-se cansado o tempo todo” (66,43%). Concluiu-se que os transtornos mentais comuns são realmente prevalentes em estudantes de medicina, as causas são multifatoriais, complexas, de forma que são necessários mais estudos aprofundados, talvez qualitativos, para conhecer melhor esses fatores e nortear possíveis medidas preventivas e ações de apoio ao estudante.

PREVALENCE OF PSYCHOLOGICAL DISTRESS AMONG MEDICAL STUDENTS AT A UNIVERSITY CENTER IN SANTOS – SP

Medical students commonly have a routine that impacts their mental health. This study evaluated the prevalence of psychological distress in students of all years of a medical course in the city of Santos, in particular, and sought to identify relevant factors in relationship between this population and common mental disorders. The standardized Self Report Questionnaire was used to track common mental disorders and another questionnaire, developed by the authors, containing data such as age, degree of adaptation, drug use, financial and academic difficulties, among others. This is a quantitative, descriptive cross-sectional study. 420 responses were collected, 45.48% were students from the 3rd and 4th years, and 70.48% women. Most of them came from another city (78.28%), returned to their original residence weekly (49.28%), did not report financial difficulties (75.95%), considered themselves adapted (92.51%) and welcomed by financial difficulties (75.95%), considered themselves adapted (92.51%) and welcomed by the academic community (86.33%). About the course, 67.86% considered having no or the academic community (86.33%). About the course, 67.86% considered having no or little academic difficulty and 5.48% dissatisfied with their choice. Regarding the use of drugs and medication, the most prevalent were the use of alcohol (69.79%) and antidepressants (13.33%). The prevalence of common mental disorders in this population was 53.57% and the most prevalent symptoms were "feeling nervous, tense or worried" (81.15%) and "feeling tired all the time" (66.43 %). It was concluded that common mental disorders are really prevalent in medical students, the causes are multifactorial, complex, so that more in-depth, perhaps qualitative, studies are needed to better understand these factors and guide preventive measures and support action for student.