EXAME LABORATORIAL COMO FERRAMENTA PARA DETECÇÃO DO CONSUMO DE ETANOL POST MORTEM.

Roberta Attya Gomes, Thiago de Arruda Souza

Resumo


O etanol é a droga mais consumida no mundo, com características tóxicas, psicoativas e que provocam dependência. Segundo a OMS, o seu consumo é a principal causa de mortalidade entre pessoas de 15 a 49 anos, responsável por 10% dos óbitos nessa faixa etária. Homicídios, acidentes de trânsito, suicídios e intoxicações são as principais causas. A dosagem de etanol post mortem, embora nem sempre necessária, pode ser crucial para o esclarecimento de óbitos com suspeita de consumo antes da morte. Os objetivos deste trabalho são determinar quais as principais matrizes biológicas utilizadas e sua precisão na detecção de etanol post mortem; determinar a principal metodologia de análise e os possíveis interferentes na detecção do etanol post mortem. Trata-se de uma revisão bibliográfica realizada através de artigos pesquisados no PubMed e Google Acadêmico. As principais matrizes biológicas utilizadas são o sangue, urina e humor vítreo. A técnica laboratorial considerada padrão ouro é a cromatografia gasosa com detector de ionização em chama, com alta sensibilidade e com limite de detecção de 0,1 a 0,5 mg/L para todas as matrizes. Apesar da alta sensibilidade e confiabilidade, o período entre a morte e a obtenção das amostras pode dificultar essa avaliação, não permitindo determinar a causa do óbito, pois existem interferentes como o processo de putrefação e resíduos de amostras anteriores na análise.
Palavra-chave: etanol, matrizes biológicas, post mortem, exame laboratorial.


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