Impacto das Mudanças Climáticas na Incidência da Leptospirose no Município do Guarujá: A Atuação do Enfermeiro na Prevenção

Beatriz Victoria Candido da Silva Camargo, Rosemere Rosemira da Silva Camargo

Resumo


Introdução: A leptospirose é uma zoonose infecciosa que pode variar de sintomas leves a graves, com uma letalidade de até 40% nos casos mais severos. Sua alta incidência está associada a condições sanitárias precárias, roedores, inundações e mudanças climáticas, especialmente em áreas tropicais. No Brasil, entre 2007 e 2019, foram registrados 48.670 casos e 4.287 óbitos, com maior incidência nas regiões Sul e Sudeste. Objetivo: Investigar a relação entre mudanças climáticas e a incidência de leptospirose no Guarujá, além de avaliar a atuação do enfermeiro na prevenção da doença. Método: Pesquisa de revisão narrativa, com dados secundários obtidos de fontes como SINAN, IBGE, DAEE e SNIS, entre fevereiro e outubro de 2024, em bases de dados como BVS, Fiocruz, PubMed e SciELO. Resultados e Discussão: A pesquisa revelou uma correlação entre a taxa de pluviosidade no Guarujá e o aumento de casos de leptospirose, coincidente com o período de incubação da doença. Fatores socioambientais, como urbanização desordenada e deficiência de saneamento básico, também contribuem para a prevalência, principalmente em regiões vulneráveis como o Guarujá. A leptospirose é uma doença negligenciada, com diagnóstico difícil devido à diversidade clínica e aos desafios tecnológicos. Além disso, as mudanças climáticas agravam os surtos, com o comportamento de vetores e condições ambientais como precipitação e temperatura sendo fatores determinantes. Considerações Finais: É necessário um enfoque multidisciplinar, envolvendo vigilância, educação em saúde e melhorias em infraestrutura. A atuação do enfermeiro é crucial na identificação das populações vulneráveis e no desenvolvimento de estratégias de prevenção, contribuindo para a redução da incidência da doença e a melhoria da saúde pública.

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