AVALIAÇÃO DA VIA DE HIPÓXIA EM PACIENTES PÓS COVID

Manuela Bianchini Silva, Edgar Matias Bach Hi

Resumo


A COVID-19 é uma doença infecciosa primordialmente do trato respiratório, desencadeada pelo vírus SARS-CoV-2. Manifestou-se inicialmente em Wuhan, China, no ano de 2019 e disseminou-se tomando proporções pandêmicas. Analisando as alterações fisiopatológicas, verifica-se correlação entre a infecção por coronavírus e quadros de sepse. Muitos pacientes que sobrevivem a sepse desenvolvem a síndrome pós-sepse (SPS). Uma das manifestações clinicas da SPS é o quadro de hipóxia, que pode se agravar de acordo com o volume de oxigênio consumido associado a diminuição na extração de oxigênio pelos tecidos periféricos e alterações profundas na microcirculação. O objetivo deste trabalho é verificar se a via de hipóxia se mantem alterada em pacientes que tiveram COVID-19 grave e sobreviveram em comparação com indivíduos que nunca apresentaram teste positivo para COVID-19. Os monócitos foram isolados do sangue e submetidos a qPCR para avaliação da expressão gênica de HIF-1α e outros genes associados a vida da hipóxia. As avaliações foram realizadas em 46 pacientes diagnosticados com COVID-19 e provenientes do Hospital Municipal Guilherme Álvaro e Santa Casa de Santos, na cidade de Santos. Os resultados foram analisados usando o teste não paramétrico de Mann Whitney, considerando estatisticamente significante p<0.05. A expressão do HIF-1α se mostrou diminuído no grupo COVID quando em comparação ao grupo controle (p<0,0001), os outros genes avaliados não demonstraram diferença estatística significante. Desta forma, ainda é necessário a realização de estudos complementares para melhor compreensão da via de hipóxia em pacientes pós-COVID.


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