ESTUDO DAS TERAPIAS E O IMPACTO NA REMISSÃO DOS PACIENTES PEDIÁTRICOS PORTADORES DE LEUCEMIA LINFOBLÁSTICA AGUDA COM CROMOSSOMO PHILADELPHIA POSITIVO
Resumo
A Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA), é uma doença caracterizada pela proliferação de células progenitoras da medula óssea, sendo, em sua maioria, em linfócitos de linhagem B e a mais comum em pacientes pediátricos, representando 85% dos casos. A doença pode ser causada por alterações genéticas, tendo a translocação t(9;22)(q34;q11), conhecida como cromossomo Philadelphia positivo (Ph+) como uma das mais relevantes, e que possui um mau prognóstico. Esta translocação resulta na fusão de genes ABL1 e BCR, formando o oncogene BCR::ABL1, que codifica uma proteína com atividade de quinase não controlada, promovendo a proliferação celular e inibindo a apoptose. O diagnóstico da LLA envolve testes como hemograma e mielograma para análise morfológica, imunofenotipagem para diferenciar linhagens celulares e citogenética para determinar alterações cromossômicas. Além disso, a biologia molecular desempenha um papel essencial na classificação das neoplasias, identificando alterações moleculares de recorrência. Embora a sobrevida global para pacientes com LLA seja de cerca de 90%, aqueles com LLA e Ph+, apresentam uma taxa de sobrevida de 10% a 20%, no entanto, a introdução de inibidores de tirosina quinase (ITKs), como o Mesilato de Imatinibe, tem melhorado a taxa de remissão completa e a sobrevida livre de eventos. Mesmo assim, mutações na proteína BCR-ABL1 podem conferir resistência ao Imatinibe, levando à necessidade de novas terapias. O objetivo foi analisar a sobrevida dos pacientes que fizeram uso das outras gerações de ITKs em casos de resistência ou recidivas da doença e também avaliar uma possível troca de terapia de primeira linha. Foi observado que os ITKs de segunda geração, como o Dasatinibe e o Nilotinibe, têm mostrado eficácia em casos de resistência, inibindo a atividade da proteína BCR-ABL1 e elevando a taxa de sobrevida global para 88,4%, no caso do Dasatinibe. No entanto, surgiram mutações, como a T315I, que conferem resistência a esses ITKs também. Em resposta a essas mutações, foram desenvolvidos ITKs de terceira geração, como o Ponatinibe. Essa droga visa superar a resistência induzida por mutações e trazer uma melhora terapêutica, porém, o banco de dados ainda é escasso e necessita de mais estudos sobre sua eficácia para pacientes que possuem, LLA e Ph+.
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