MICROBIOLOGIA APLICADA À MEDICINA FORENSE

Beatriz Tasso Fabri de Jesus, Daniela de Pita Pereira

Resumo


A investigação forense desempenha um papel crucial na elucidação de circunstâncias de morte, identificação de vítimas desconhecidas e determinação do intervalo postmortem (IPM). O IPM, que representa o período decorrido desde a morte até a descoberta do corpo, é uma informação fundamental em investigações criminais, processos legais e na condução de autópsias. Estimar o IPM com precisão é um desafio complexo devido à influência de variáveis como temperatura ambiente, umidade, causa da morte e outros fatores. No entanto, nos últimos anos, a microbiologia aplicada à medicina forense emergiu como uma ferramenta promissora na busca por estimativas mais precisas e confiáveis do IPM. Neste cenário, o estudo teve como objetivo revisar o papel da microbiologia como metodologia para determinar o intervalo Postmortem (IPM), através de levantamento bibliográfico em base de dados como google acadêmico, Pubmed e Scielo. Bactérias e fungos, em conjunto a métodos macroscópicos já utilizados, podem ser utilizados como biomarcadores para concluir com maior precisão a estimativa do IPM, já que foram encontrados fungos como Aspergillus spp, Penicillium spp, Mucor spp, Acremonium spp, Trichoderma spp e Fusarium spp, e bactérias como Staphylococcus sp., Streptococcus spp., Clostridium spp., Enterococcus spp em diferentes estágios de decomposição do corpo humano. Entretanto por ser um método tardio, dentro de uma rotina não seria a primeira escolha mesmo que seja um método para maior precisão. Quando aplicado a casos específicos, se torna uma ferramenta valiosa em conjunto a outras para determinação da estimativa do Intervalo de Submersão Postmortem (PMSI).


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