ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NO TRANSTORNO DA DOR GENITO PELVICA /PENETRAÇÃO

Tatiane da Silva Galvão, Cinira Assad Simão Haddad

Resumo


Introdução: Essa pesquisa aborda a fisioterapia no tratamento do Transtorno da Dor Gênito Pélvica/ Penetração (TDGPP), considerado atualmente como uma Disfunção Sexual Feminina (DSF) pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A dor gênito pélvica penetração pode ser decorrente da tentativa de inserção de absorvente interno, dedo, espéculo ou pênis na vagina, antes ou após a ocorrência de relações sexuais, de forma recorrente. Este tema mostra-se relevante pelo aumento das DSF nos últimos anos, uma vez que as mulheres raramente realizam queixa sobre esta disfunção, sendo um problema na qualidade de vida feminina e com prognóstico de resultados positivos com o tratamento fisioterapêutico. Objetivo: Descrever sobre o Transtorno da Dor Gênito Pélvica e Penetração e detalhar os métodos fisioterapêuticos para o seu tratamento. Metodologia: A pesquisa caracteriza-se como exploratória e bibliográfica. A coleta de dados foi realizada em livros e artigos científicos publicados nas bases de dados Pubmed da Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Biblioteca Regional de Medicina (BIREME)/ Literatura Latinoamericana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Biblioteca digital Scientific Eletronic Library On-line (SciELO), com as palavras-chave: dor gênito pélvica penetração e disfunções sexuais femininas.  Revisão bibliográfica: o TDGPP é a dificuldade associada a penetração vaginal durante a relação sexual, assim como a dor vulvovaginal ou pélvica decorrente da relação sexual ou na tentativa de penetração, de forma recorrente ou incessante. O sintoma comum do TDGPP é a dor na porção inferior da vagina, por período superior a seis meses. No Brasil, a prevalência de DSF é de 40 a 45% de mulheres e de TDGPP em torno de 23%. O tratamento fisioterapêutico em geral se inicia pela realização da terapia manual, para o desenvolvimento do tônus e alongamento da musculatura do assoalho pélvico e pode ser realizado com psicoeducação, técnicas específicas de terapia sexual, visualização da vagina, vulva e MAP para estimulação da consciência corporal, técnicas de  auto relaxamento  e  diminuição  da  ansiedade, dessensibilização  vulvovaginal, massagem   e   automassagem   dos   MAP, uso da técnica Thiele de massagem, alongamento  passivo  e  ativo  dos  MAP, dilatação  vaginal  progressiva, orientações  para  a relação sexual, eletroterapia e biofeedback. Considerações Finais: Para TDGPP, há contribuição positiva do tratamento fisioterapêutico, pois apresenta técnicas variadas que podem representar a cura ou o controle de TDGPP em mulheres.


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