A INFLUÊNCIA DA FISIOTERAPIA MOTORA NA FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA DE PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON

Roberta dos Santos Souza, Karina Martin Rodrigues Silva

Resumo


A doença de Parkinson se caracteriza por ser uma patologia neurodegenerativa, atingindo a substância negra, e consequentemente há perda de neurônios dopaminérgicos. Dentre as características clínicas a rigidez muscular de caixa torácica e limitação musculoesquelética, que ocasiona a fraqueza da musculatura respiratória, principalmente, a expiratória, encontrada em estágios mais avançados da doença. O tratamento mais eficaz é a fisioterapia associada ao acompanhamento multidisciplinar, para a prevenção de atrofia, fraqueza muscular e incapacidade funcional através de exercícios respiratórios, mobilizações e alongamentos. OBJETIVO: O presente estudo visa verificar se a fisioterapia motora traz benefícios não apenas para a mobilidade, mas também sobre a força muscular respiratória de pacientes acometidos com Doença de Parkinson. METODOLOGIA: Estudo retrospectivo através de análise de prontuários. Foram coletados dados sociodemográficos e características clínicas através da Escala de Estágios de Incapacidade de Hoehn e Yahr modificada, avaliação do grau de independência nas atividades de vida diária pela Escala de Schwab & England, escala de força muscular periférica e respiratória pela manovacuometria. RESULTADOS: Nove prontuários foram incluídos na pesquisa. Pudemos encontrar correlações moderadas, entre a PEMAX pós com a Escala de AVD´s (r 0,50) pós tratamento, representando que, pacientes com maior FM expiratória tiveram maior percentual e grau de independência nas atividades diárias. Foi observado uma maior PIMAX previsto pós em pacientes com maior FM de MMSS (r 0,66) e MMII (r 0,67) pós, ambas as correlações moderadas, o que nos demonstra que o treinamento da musculatura periférica melhorou de forma indireta também a musculatura respiratória. CONCLUSÃO: Pode-se observar correlações positivas quando se diz respeito as variáveis de força muscular respiratória, força muscular periférica, escala de incapacidade e AVD´s, demonstrando que após as sessões de fisioterapia realizadas com foco motor, os pacientes obtiveram melhores resultados nos valores de PIMAX e PEMAX avaliados através da manovacuometria, colaborando de forma indireta na melhora das afecções respiratórias atreladas aos sintomas clássicos da DP, assim como, na melhora da independência e realização das tarefas.


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