ASSISTÊNCIA DO ENFERMEIRO NO CUIDADO PALIATIVO EM AMBIENTE HOSPITALAR
Resumo
O cuidado paliativo é reconhecidos como um componente fundamental dos sistemas de saúde, incluindo a cobertura universal de saúde e os cuidados primários de saúde. De acordo com o divulgado pela OMS- Organização Mundial da Saúde (2021) à nível mundial, estima-se que apenas uma em cada 10 pessoas que precisam de cuidados paliativos estão recebendo o serviço. Objetivo: Identificar na literatura disponível, sobre a assistência do enfermeiro no cuidado paliativo no ambiente hospitalar. Metodologia: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura através de artigos científicos com busca na biblioteca virtual de saúde (BVS) bases de dados LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e BDENF(Base de Dados Enfermagem). A pesquisa foi realizada entre os meses de abril e julho de 2022, utilizando os seguintes descritores: Cuidado Paliativo AND Enfermagem AND Hospitalar; Cuidado Paliativo AND Enfermeiro AND Hospital; Paciente terminal AND Enfermeiro AND Hospital, totalizando 11 artigos para compor a categorização da amostra. Foram inclusas pesquisas na íntegra, Idioma português, artigos gratuitos, últimos 10 anos. Foram excluídos os artigos que abordaram o cuidado paliativo em crianças, incompletos, que abordaram o tema de cuidado paliativo no ambiente domiciliar e ambulatorial, pesquisas narrativas, integrativa e sistematizada. Resultados: De acordo com o achado, a assistência dos enfermeiros nos dias atuais, direciona-se principalmente ao conforto físico, atrelado sempre à implementação de técnicas e procedimentos, deixando de lado componentes psicoespirituais, sociais e ambientais. O enfermeiro deve atuar promovendo o conforto em todas as suas dimensões e não atendo unicamente no conforto físico, promovendo a assistência de enfermagem holística, humanizada. Os autores apontam a utilização da Teoria do Cuidado Humano como uma abordagem eficaz nesses casos, por ser equivalente ao que propõe os cuidados paliativos. Problemas como, falta de conhecimento sobre o tema, dificuldades de comunicação com a família e paciente, tristeza e impotência mediante os casos, foram relatados por enfermeiros. Para os autores do estudo, a comunicação verbal e não verbal realizada de forma adequada é considerada como um pilar fundamental para a implementação de tal prática. Os achados indicam também sobre a importância de uma equipe multidisciplinar mediante às necessidades dos cuidados necessários à reabilitação dos pacientes. Indicam a importância da capacitação dos profissionais e da formação continuada como propulsor de uma assistência de qualidade. Considerações finais: É necessário proporcionar um cuidar integral ao envolver as necessidades humanas básicas, levando em conta que a assistência em cuidados paliativos exige a promoção do conforto para além dos aspectos físicos. A comunicação, tanto verbal como não verbal entre os profissionais de saúde e pacientes e suas famílias, foi vista como estratégia de cuidados e de suma importância para a promoção dos cuidados paliativos. As dificuldades vivenciadas e relatadas podem estar relacionadas à falta de conhecimento e preparo, indicando assim a importância da capacitação dos profissionais de saúde e de mais estudo sobre o tema.
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