PROPOSTA DE TELEATENDIMENTO FISIOTERAPÊUTICO NO TRATAMENTO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA
Resumo
Introdução: A incontinência urinária (IU) é algo que acomete grande parte da população feminina, não causando risco à vida, mas podendo afetar negativamente a qualidade de vida dessas mulheres. Ela é caracterizada pela perda involuntária de urina, podendo ser por esforço, urgência ou a combinação de ambos. O tratamento fisioterapêutico é a principal linha de tratamento conservador para a incontinência podendo ser capaz até de evitar cirurgias desnecessárias e devolver a qualidade de vida para essas mulheres, mas é de suma importância que o tratamento seja conduzido por um profissional qualificado e após uma minuciosa avaliação física para determinar quais são os mecanismos fisiopatológicos que acometem a paciente e assim determinar as melhores abordagens para cada caso. Objetivo: Esse trabalho teve como principal objetivo validar a eficácia de um programa online de teleatendimento de fisioterapia para o tratamento de incontinência urinária, comparando dois grupos com e sem avaliação física prévia. Metodologia: As participantes voluntárias que se encaixaram nos critérios de inclusão foram divididas em dois grupos (AP – avaliação prévia e OL - online) que responderam questões de uma ficha de anamnese, com dados pessoais e da queixa de incontinência urinária. Também aplicados questionários para mensuração de qualidade de vida (ICIQ-SF = International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form e KHQ = Kings Health Questionnaire). O tratamento do grupo OL foi dado de forma virtual, com orientações sobre anatomia, fisiologia e sobre os exercícios necessários para o caso. Ao final do tratamento, foi agendada uma avaliação física final e presencial para verificar a evolução do tratamento quanto às queixas e às funções dos músculos do assoalho pélvico em relação ao ganho de força e momento em que foi entregue o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para assinatura final. Para o grupo AP, foi realizada previamente uma avaliação presencial, seguido do mesmo protocolo online e retorno ao final para reavaliação presencial. Resultados: 15 pacientes com idade entre 45 e 64 anos que foram divididas em dois grupos (AP = 7 e OL = 8) participaram de todo protocolo proposto, resultando em uma adesão de 36,58%. Na análise de qualidade de vida avaliada pelo ICIQ_SF, foi observada melhora significativa estatisticamente para o grupo AP ao final do tratamento proposto. Conclusão: A adesão ao protocolo foi baixa, porém no grupo AP que realizou avaliação prévia dos músculos do assoalho pélvico de forma presencial apresentou melhora na qualidade de vida ao final do tratamento.
Palavras-chave: Incontinência Urinária, teleatendimento fisioterapêutico, fisioterapiaApontamentos
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