A INFERTILIDADE FEMININA E SUA RELAÇÃO COM A HIPERPROLACTINEMIA

Andressa Fonseca Patrício de Lima, Gustavo Protasio Pacheco de Jesus

Resumo


A infertilidade é definida como a ausência de gravidez após 12 meses de tentativas de concepção sem o uso de métodos contraceptivos. Em muitos casos, a investigação da infertilidade prioriza problemas anatômicos, como a endometriose, ou hormonais mais conhecidos, como alterações na função da tireoide, deixando de lado a dosagem de prolactina no início da avaliação, o que pode levar a um diagnóstico tardio e adiar intervenções eficazes. Isso significa mais tempo de infertilidade, o que, em mulheres em idade reprodutiva avançada, pode impactar de forma crítica as chances de uma gravidez. Este trabalho tem como objetivo alertar para o impacto do excesso de prolactina, que causa desequilíbrio no eixo hipotálamo-hipófise, no ciclo reprodutivo feminino. Foi realizada uma revisão bibliográfica, com uso de bases de dados virtuais, baseada em estudos sobre alterações nos níveis séricos de prolactina na mulher e seu impacto na infertilidade feminina. A prolactina pode estar aumentada em níveis séricos por causas fisiológicas, como gravidez e amamentação, farmacológicas e patológicas, sendo os principais causadores os prolactinomas. A hiperprolactinemia pode causar alterações no sistema nervoso, no metabolismo glicol-insulinêmico, na matriz óssea e, principalmente, no ciclo reprodutivo, levando à fase lútea curta, anovulação e amenorreia. Conclui-se, portanto, que o aumento da prolactina atua inibindo hormônios que estimulam o ovário e contribuem para o espessamento do endométrio, além de estar associado ao surgimento de disfunções sexuais.

 

Palavras-chave: Infertilidade feminina; hiperprolactinemia; ciclo menstrual.


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