HPV E FATORES QUE INTERFEREM EM SUA PREVENÇÃO

Tereza Cristina de Souza Silva, Daniela de Pita Pereira

Resumo


As infecções pelo Papilomavírus Humano (HPV) são consideradas um grande problema de saúde pública que afeta milhões de pessoas em idade sexualmente ativa. Existem mais de 200 tipos de HPV descritos, dos quais, pelo menos 40 tipos afetam a região ano-genital. Os tipos podem ser classificados em alto e baixo risco, a depender do seu caráter oncogênico. Dentre os tipos de alto risco encontram-se o HPV-16 e HPV-18, associados a neoplasias malignas, incluindo a neoplasia maligna de colo do útero. Os métodos diagnósticos mais utilizados nesses casos são a citologia, histopatologia e a biologia molecular. Embora a prevenção ao HPV tenha a vacinação como uma importante ferramenta de combate às neoplasias, o presente trabalho demonstrou baixa adesão de crianças e adolescentes. Por esta razão, esse estudo teve como objetivo analisar os fatores que pudessem levar a não adesão à vacinação contra o HPV. Como metodologia, foram utilizados artigos relacionados ao assunto em bases de dados como Google Acadêmico, Scielo, Pubmed, boletins epidemiológicos do Ministério da Saúde, do Programa Nacional de Imunizações, DATASUS e periódicos acadêmicos. De acordo com a literatura pesquisada e os dados oficiais, o estudo demonstrou que pais e responsáveis têm deixado de vacinar crianças e adolescentes. Entre os principais motivos estão a preocupação quanto ao comportamento sexual dos filhos (iniciação sexual precoce); informações contraditórias, ou “fake News”, que colocam a população contra as vacinas, por meio da disseminação de notícias falsas, o que reforça outra atitude encontrada para abstenção: insegurança aos componentes da vacina. Tal resultado, além de colocar o Brasil, abaixo da meta proposta pela Organização Mundial da Saúde e Programa Nacional de Imunizações, causa grande impacto na cobertura vacinal no país. Neste cenário, ficou evidente a necessidade de ações educativas e culturais, que possam gerar confiança para a família e fornecer à escola argumentos da importâncimportância da prevenção e combate ao HPV, desvinculando o programa vacinal do comportamento sexual.

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